Hoje, como em poucas vezes fiquei um tempo na varandinha de casa olhando de cima todas as coisas que o meu olhar conseguia alcançar.
eram os carros que passavam lá em baixo, as pessoas em suas rotinas, o vento que soprava calmo, as roupas penduradas nas varandas vizinhas, as árvores por toda parte, o céu ensolarado...
E tudo isso me dava a sensação de passarinho engaiolado, querendo sobre voar tudo aquilo, sem poder.
querendo aquele horizonte que é tão distante... quero o lá e o aqui ao mesmo tempo...
quero todas as coisas numa caixinha de música...
enquanto observava tudo aquilo lembrava de uma conversa que tive um dia antes com minha irmã amiga, a qual divide casa e trabalho comigo, na qual falávamos de como tudo se intensifica quando estamos apaixonadas e ela dizia que um artista sempre tem muitas paixões, nunca uma só... e entre todas essas paixões o artista tem um amor, alguém mais especial do que qualquer outro.
e ainda falava mais, que o artista precisa de paixão para sobreviver, precisa de paixão mais do que de ar...
para inspirar-se, para produzir, para sorrir, para chorar (acho que nenhum artista vive sem as lágrimas também) e até mesmo para respirar.
e completava dizendo que quando estamos apaixonados escrevemos sobre todas as coisas, até os carros passando na estrada é sinônimo de poesia (como o que aconteceu comigo agora a pouco)...
finalizamos o papo dizendo: quando se tem uma musa ou muso inspirador é poético até fazer uma questão matemática, porque o coração está florido...
e isso da um novo sentido para todas as coisas, antes tão banal, e hoje tão importantes.
Um viva à simplicidade!
Um super viva as todas as coisas e pessoas que me inspiram e me trazem vento suaves e vibrantes ao mesmo tempo...
Um viva à poesia!
Um viva ao meu coração jardim, cheio de flores que faço questão de cultivar!
Beijos
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