quinta-feira, 11 de novembro de 2010

- aranha flor -

Aranha venenosa
Tens o nome de rosa
E sabe ser como uma
Exala teu perfume e me embriaga do teu encanto
Quando tento me aproximar de ti
Te ouço rir
É quando percebo que o teu riso irônico é porque sabes que não posso tocar
Porque os teus espinhos já estão de prontidão à esperar
Que eu tente chegar perto de ti
Espinhos que me espetam.
E quando penso em ir embora depois de ver meu sangue escorrer sobre tuas pétalas
Me faz mais uma vez querer ficar
Jogando mais uma vez teu perfume malicioso
Me convencendo de que a dor é passageira e o teu perfume durador
Mas se desejas tanto que eu fique
Porque sempre me espeta? 
Porque  deixa sair de tuas pétalas o que realmente tu és.
Aranha traiçoeira
Finge-se de rosa
E eu sem sequer perceber já estou emaranhada em tua teia
Sem poder sair
Presa no teu ninho
A espera de poder provar do teu veneno 
E quando isso acontecer rosa-aranha
Tu é que vais se surpreender
Porque se me prendeste aqui nessa teia
Eu tenho algo pra te dar também
Algo que tu temes mais do que o lagarto basilisco
Que é provar do meu veneno
Que pra ti será fatal
E quando tu enfim provar aranha-rosa
Eu provando do teu
Tu provando do meu
Essa teia que tu mesma teceste será o nosso ninho venenoso
Onde nem tu que soube como fazê-lo vai conseguir se libertar.

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